📱📱 INSPIRAÇÃO! GARI SE PREPARA PARA FORMATURA EM MEDICINA E SEGUE LIMPANDO AS RUAS. 

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âžĄïžâžĄïž A determinação vence! O exemplo Ă© de um gari, de 37 anos, que sonhava em ser mĂ©dico. Ele tanto insistiu que, apesar de algumas reprovaçÔes desde 2011, agora ele conseguiu. DarĂ­o Giusepponi Ă© sĂł sorrisos e apĂłs concluir as disciplinas teĂłricas, ele se prepara para o internato e, em seguida para formatura em medicina.

 

“Para mim, a aprovação veio depois de mais tempo do que para os outros. VĂĄrias vezes pensei em abandonar [o sonho], mas segui adiante”, disse o futuro mĂ©dico.

 

Gari, na cidade de Rosario, em Santa Fé, na Argentina, Darío contou que, desde o fim do ensino médio, planejava ingressar na faculdade de medicina sem sucesso.

 

Rotina

Darío fez uma programação de estudo que conciliava o trabalho seis vezes por semana – de segunda-feira a sábado – das 6h ao meio-dia, limpando 20 quadras da zona de um parque na cidade de Rosário.

Como estava livre depois do meio-dia, o recém-formado médico montou um esquema de estudo que aproveitava cada momento da tarde e da noite.

“É muito difícil estudar e trabalhar, a carreira [de medicina] demanda muito tempo de estudo e de aula, os horários são complicados”, desabafou ele.

Em seguida, DarĂ­o contou como fazia: “Eu estudava [as matĂ©rias] Ă  noite e ia para as aulas depois do meio-dia. Era muito complicado, muitas vezes terminava de trabalhar e ia direto

para a faculdade”.

 

Vida

O gari disse que teve de começar a trabalha cedo porque a famĂ­lia modesta exigia que todos contribuissem em casa. O pai taxista e a mĂŁe dona de casa. Uma famĂ­lia com trĂȘs filhos.

Darío contou com apoio também do Sindicato dos Gari. Em dezembro, ele terminou a faculdade e a celebração foi com os colegas da coleta de lixo que tanto o ajudaram.

“Quando recebi [a notĂ­cia de conclusĂŁo do curso], meus companheiros festejaram comigo. Acho que sentiram como vitĂłria deles tambĂ©m”, disse o ex-gari, condenando a discriminação aos colegas de profissĂŁo.

Segundo DarĂ­o, muitos tĂȘm preconceito com garis. “Pensam que sĂŁo pessoas sem instrução e alguns os tratam com desprezo, por isso acho que estĂŁo tĂŁo cheios de orgulho de mim.”

 

Inspiração

 

A histĂłria de DarĂ­o inspirou outros a seguir com a determinação de realizar sonhos. Ele contou que tĂȘm sido procurado por colegas que querem saber como fazer para estudar e ter uma carreira reconhecida.

O futuro médico afirma que não terå condiçÔes de seguir como gari neste ano porque por oito meses serå obrigado a cumprir as disciplinas pråticas do curso de medicina, numa espécie de internato, impossibilitando outras atividades.

DarĂ­o planeja ser cardiologista de atendimento em EmergĂȘncia Hospitalar. “Acredito na saĂșde pĂșblica e aposto nisso”, afirmou.

 

Fonte: Correio Centro-Oeste

 

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