đąđą PETROBRAS REDUZ PREĂO DA GASOLINA NESTA SEXTA-FEIRA (02/09).Â
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âĄïžâĄïž CombustĂvel jĂĄ caiu 19% desde julho
Foram quatro quedas seguidas em menos dois meses, acompanhando recuo do petrĂłleo. Valor do litro cai 7% nesta sexta-feira para distribuidoras e passarĂĄ de R$ 3,53 para R$ 3,28
A Petrobras vai reduzir, a partir de sexta-feira, o preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras. O valor passarå de R$ 3,53 para R$ 3,28 por litro. à uma redução de R$ 0,25 ou 7,08%. Segundo a estatal, é a maior queda desde 21 abril de 2020, quando houve corte de 8%, e quarta redução desde julho.
Assim, desde meados de julho, o preço da gasolina cobrado pela Petrobras jĂĄ caiu 19%. A Ășltima vez que a Petrobras reajustou o preço da gasolina para cima foi em 19 de junho. De lĂĄ para cĂĄ, a cotação do petrĂłleo do tipo Brent, referĂȘncia no mercado internacional, recuou 18%.
A queda no preço da gasolina, portanto, acompanha a trajetĂłria de retração no valor da commodity. E coincide com a chegada de Caio Paes de Andrade Ă presidĂȘncia da estatal. Andrade assumiu o comando da empresa no fim de junho.
Na pråtica, o preço cobrado pela estatal em setembro chegarå praticamente ao mesmo patamar de janeiro deste ano, quando o litro estava em R$ 3,25.
Segundo a companhia, a queda anunciada nesta quinta-feira acompanha “a evolução dos preços de referĂȘncia e Ă© coerente com a prĂĄtica de preços da Petrobras, que busca o equilĂbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotaçÔes internacionais e da taxa de cĂąmbio”.
AlĂ©m da gasolina, a estatal tambĂ©m reduziu, nas Ășltimas semanas, o preço do diesel e de combustĂveis de aviação. ApĂłs combustĂveis, Petrobras anunciou a redução de 6,4% no preço do asfalto.
AlĂ©m da queda do petrĂłleo, desde julho, os estados reduziram o ICMS cobrado sobre os combustĂveis, cumprindo a nova lei aprovada pelo Congresso que fixa um teto de 17% ou 18% para a alĂquota do imposto para produtos essenciais.
Isso contribui para a queda nos preços na bomba.
Para Sergio Araujo, presidente da Abicom, que reĂșne os importadores de combustĂveis, a queda Ă© justificada por conta da polĂtica de preços da estatal, que Ă© baseada na paridade de importação. Dados da Associação mostram que, antes de a Petrobras reduzir os preços, a gasolina vendida no Brasil pela companhia estava R$ 0,36 mais cara do que a vendida no exterior.
— A companhia estĂĄ seguindo os preços do exterior, pois o preço do petrĂłleo estĂĄ em queda. Por isso, a companhia vem mantendo sua polĂtica de paridade de preços, o que Ă© positivo para a indĂșstria — avaliou Araujo.
Segundo um especialista, se a cotação do barril continuar em queda ou se mantiver no atual patamar ainda hå espaço para uma nova redução igual à anunciada nesta quinta-feira.
Impacto no IPCA
Ao chegar Ă s bombas, a gasolina mais barata terĂĄ grande impacto no IPCA de setembro, o que pode fazer com que o mĂȘs seja o terceiro a registrar deflação, segundo projeçÔes dos economistas. AndrĂ© Braz, economista e coordenador dos Ăndices de Preços da FGV, estima que nas bombas a queda da gasolina serĂĄ de 4%, o que resultaria em um recuo de 0,24% no IPCA.
– Isso nĂŁo tem nada a ver com a inflação de agosto, que jĂĄ foi medida e serĂĄ divulgada. Mas o impacto seria grande porque pegaria o mĂȘs de setembro cheio, porque hoje Ă© dia 1Âș. A queda aumenta a chance de termos um nĂșmero negativo no IPCA de setembro, algo que nĂŁo era possĂvel imaginar antes dessa notĂcia. Com isso, a minha previsĂŁo de inflação para o ano, que estava em 6,6%, vai para 6,4% – analisa o economista.
O economista afirma que, por enquanto, a tendĂȘncia da commodity Ă© de continuar caindo, mas diversos fatores que influenciam nos preços, como as eleiçÔes presidenciais, o avanço da Covid-19 na Ăsia, a guerra na UcrĂąnia e as taxas de juros nos EUA, podem transformar o cenĂĄrio atĂ© o fim deste ano.
Braz reforça que, embora seja fator de grande influĂȘncia no IPCA, a gasolina impacta menos no dia a dia da população mais pobre – na contramĂŁo do diesel, que mesmo tendo menos projeção no IPCA, teria maior impacto indireto para a maior parte da população.
– A gasolina Ă© um bem de luxo, atinge mais a sociedade de alta renda e, por essa razĂŁo, os mais pobres nĂŁo vĂŁo perceber essa queda nos preços. Se isso fosse no diesel, atenderia mais Ă s outras classes sociais, porque o diesel Ă© o combustĂvel que movimenta o frete rodoviĂĄrio e o ĂŽnibus urbano. TerĂamos um frete mais barato e passagem de ĂŽnibus menor, ou sem reajuste – conclui Braz.
Fonte: O Globo
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