PROFESSORES/AS DE ESCOLAS PARTICULARES DO SUDESTE ENTRAM EM GREVE

Os professores e professoras do setor privado de Educação da região sudeste de Minas Gerais, em assembleia virtual, na última sexta-feira (18/02), decidiram entrar em greve a partir do dia 23 de fevereiro, próxima quarta-feira, diante da intransigência do sindicato dos donos de escolas (Sinepe Sudeste), que se recusa há dois anos a assinar a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

 O sindicato patronal há dois anos precariza as condições de vida e trabalho da categoria e só aceita assinar a CCT com a retirada ou a precarização de direitos históricos. E isso os professores e professoras, nas visitas que fizemos às escolas, entendem que é inaceitável, e nós lutaremos juntos com eles em defesa dos nossos direitos, afirmou a diretoria do Sinpro Minas.

"O sindicato patronal empurra a categoria para a greve, por querer acabar com nossas férias coletivas, tão necessárias e dividi-las em janeiro e julho; por desejar reduzir o quinquênio, o nosso Adicional por Tempo de Serviço (ATS), de 5% para 3%, além de alterar a forma de distribuição de bolsas de estudos, o que, a longo prazo, pode significar o fim deste benefício e um enorme prejuízo para a categoria. E ainda não aceita sequer reajustar nossos salários, mesmo tendo aumentado as mensalidades. Tudo isso leva a categoria a reagir, entrando em greve. Os professores e professoras da região sudeste sabem que têm todo nosso apoio", conclui a presidenta do Sinpro Minas e da CTB Minas.

O Sinpro Minas, em defesa dos direitos da categoria da região e para que o Sinepe Sudeste faça um acordo que vise a assinatura da CCT, já entrou com dois dissídios na Justiça, movidos pela intransigência patronal.

É por este motivo, como último recurso, que a categoria se mobiliza e vai entrar em greve a partir da próxima quarta-feira, 23 de fevereiro.

Os professores/as contam com o apoio dos estudantes, pais e até mesmo de diretores de algumas escolas que, assim como toda a comunidade escolar e da sociedade em geral, reconhecem o valor, o trabalho e a dedicação dos professores/as, principalmente nestes dois sofridos anos de pandemia.

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