Apoio aéreo da Polícia Civil contribui para salvar vidas
Além de demandas aéreas relacionadas à Segurança Pública, como apoio em operações policiais, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) atua em missões como resgates e até mesmo combate a incêndios florestais. O trabalho de auxílio é desempenhado pela Coordenação Aerotática (CAT).
“A PCMG vem atendendo ocorrências aeromédicas há muitos anos. Isso em apoio às demais instituições do Estado, como no caso da Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG), através do acionamento feito pelo Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG). A nossa atuação não se restringe às demandas institucionais. Elas vão muito além disso”, enfatiza o coordenador da CAT, delegado Felipe Forjaz.
Salvar vidas
Recentemente, tripulantes da CAT da PCMG, juntamente com uma equipe médica, estiveram em Itabira, na região Central, para socorrer uma criança, de 1 ano e 5 meses, picada por um escorpião. O helicóptero da Polícia Civil transportou o menino do município para a capital, no hangar do Corpo de Bombeiros Militar, onde a unidade de resgate já aguardava o garoto para levá-lo a um hospital de Belo Horizonte.
O piloto Leandro Romano, que esteve à frente da ação, destaca o quanto é recompensador participar do salvamento de uma vida. “É muito gratificante para nós, policiais civis da Coordenação Aerotática, além de prover segurança para as equipes em terra nas diversas operações pelo estado e fora dele, também colaborar com o salvamento efetivo de vítimas que necessitam de um transporte aeromédico de urgência, quando minutos podem fazer a diferença entre a vida e a morte”, afirma.
Bruno de Sousa, 33 anos, instrutor de voo, também contou com o suporte da CAT. Ele sofreu um acidente devido a um problema mecânico na aeronave. O avião em que estava teve que fazer um pouso forçado em uma lagoa na cidade de Juatuba, também na região Central mineira, durante um voo rotineiro de decolagem que fazia com um aluno. Recuperado, Bruno reconhece que o apoio recebido pela PCMG foi fundamental.
“No dia do acidente, aparentemente eu não estava lesionado, mas percebi que minha visão estava diferente. No hospital, o médico falou que se eu não fizesse o tratamento a tempo, poderia perder minha visão. Então, se não fosse o atendimento rápido do helicóptero da Polícia Civil, eu não teria minha visão hoje”, conta Bruno ao recordar que, à época, a copiloto inclusive cedeu o lugar para ele no helicóptero. Se não fosse também o atendimento, completa o instrutor de voo, "não seria possível nem voltar a atuar na minha profissão".
Mais missões
Além do helicóptero, o coordenador da CAT Felipe Forjaz destaca que os drones também são fundamentais na missão aerotática. O delegado conta que, no último mês, o condutor de uma motocicleta sofreu um acidente em Caratinga, no Rio Doce, e foi encontrado com a ajuda do equipamento. “Ele passou a noite em uma vala e, apesar de todas as buscas que foram feitas no local, somente foi possível encontrá-lo com o uso de drone”, salienta.
Outro tipo de missão já desempenhada pela CAT foi o apoio aéreo no combate a incêndios florestais. No final do último ano, por exemplo, a PCMG participou de uma força-tarefa para controlar um incêndio que se alastrou no Parque Estadual do Rio Doce, na cidade de Mariléria.
Além dessas situações em que a CAT atua de forma constante, Forjaz ressalta, ainda, que a equipe também realiza "transporte de órgãos pelo acionamento do MG Transplantes e outras operações de buscas, salvamento e resgate para os quais os pilotos e operadores aerotáticos da Polícia Civil são extremamente capacitados”, finaliza.