Fiocruz inicia envase do primeiro lote de IFA da vacina Covid-19

A Fiocruz, através do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), iniciou, nesta sexta-feira (12/2), o envase do primeiro lote do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) da vacina Covid-19 Fiocruz. Serão processadas cerca de 400 mil doses de pré-validação, para garantir que o processo esteja totalmente adequado para a produção da vacina, que seguirão para o controle de qualidade interno do Instituto. O insumo faz parte do lote com 90 litros de IFA recebido em Bio-Manguinhos/Fiocruz no último sábado (6/2), suficientes para a produção de 2,8 milhões de doses. Ainda estão previstas mais duas remessas de IFA em fevereiro, do total de 15 milhões a serem recebidos ainda este mês. 

"Hoje é um dia muito importante porque essas doses vão estabelecer todo o processo de produção daqui em diante. A partir dos lotes de validação, é iniciada efetivamente a produção e temos a expectativa de entregar as primeiras vacinas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) entre os dias 15 e 19 de março", explicou o diretor de Bio-Manguinhos, Mauricio Zuma.

O processamento das primeiras doses começou ainda na quinta-feira (11/2), com a etapa de formulação, em que o insumo passa por um processo de diluição e é acrescida uma solução para garantir a manutenção das propriedades da vacina e possibilitar a sua armazenagem de 2 a 8ºC. Em seguida, a vacina seguiu para o envase, processo no qual o líquido é inserido, de forma automatizada, em pequenos frascos de vidro, os mesmos que futuramente seguirão para os postos de saúde. Já com o imunizante, esses frascos são fechados com uma rolha de borracha e seguem para a recravação, onde recebem um lacre de alumínio.

As vacinas seguem agora para o Controle de Qualidade interno de Bio-Manguinhos, onde uma análise minuciosa irá garantir a sua integridade e segurança. A Fiocruz vai escalonar a produção ao longo dos primeiros meses para manter a meta de 100,4 milhões de doses até julho deste ano.

No segundo semestre não será mais necessária a importação do IFA, que passará a ser produzido em Bio-Manguinhos, após a conclusão da transferência de tecnologia. De agosto a dezembro serão mais 110 milhões de doses de vacinas produzidas inteiramente na instituição, garantindo autonomia para o país e continuidade da vacinação para toda a população brasileira.

 

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